Moçambique on-line


Notícias do dia 9 de Setembro 2000

Elisa Cossa: as marcas foram adulteradas

A Federação Moçambicana de Atletismo (FMA) vai abrir um inquérito na perspectiva de apurar a veracidade dos factos com relação à adulteração do resultado obtido pela atleta moçambicana Elisa Cossa, num "meeting" havido no passado dia 24 de Agosto em Manresa, Espanha. Segundo dados avançados ontem pela FMA, numa conferência de imprensa em Maputo, Elisa Cossa obteve nesse dia o tempo de 11.68 segundos e não 11.60 segundos, conforme o documento exibido àquela federação e posteriormente ao Comité Olímpico de Moçambique, que procedeu imediatamente a inscrição da atleta na especialidade de 100 metros.

Segundo se clarificou na ocasião, o resultado (11.60) exibido pela atleta, que lhe permitia o acesso às olimpíadas não corresponde à verdade. Um documento enviado pelo director de competições nas Olimpíadas de Sidney-2000, Sandro Giovanelli, confirma a participação de Cossa em três "meetings" em Espanha nos dias 21, 24 e 27 onde a corredora moçambicana obteve respectivamente os tempos de 11.61, 11.68 e 11.83 segundos, piorando de prova em prova as suas marcas. Refira-se que a notícia da sua qualificação foi dada a conhecer a FMA pelo respectivo treinador, Stélio Craveirinha, no passado dia 29 de Agosto. Elisa regressa ao país na próxima terça-feira. (Notícias, 09/00/00)

Leia também:
notícia de ontem: Elisa Cossa não vai correr por Moçambique

Contra a Convenção de Ótawa:
Governo mantém os "stocks" de minas

O Governo de Moçambique ainda não deu nenhuma indicação visando a destruição dos "stocks" de minas existentes nos diversos paióis do país, segundo a denúncia feita ontem pela Campanha Moçambicana Contra as Minas. A Convenção de Ótawa sobre o banimento de minas no mundo recomenda num dos seus artigos a destruição em cerimónia pública dos "stocks" de minas armazenadas nos paióis dos estados que rubricaram o tratado, mas Moçambique, apesar de diversas promessas, ainda não procedeu a destruição daqueles artefactos fatais.

De 11 a 15 de Setembro, os países signatários da convenção vão reunir-se em Genebra, capital da Suíça, numa conferência destinada a proceder a uma inventariação do que foi feito depois do encontro de Maputo realizado no ano passado. No terreno, o processo de desminagem está a conhecer dificuldades diversas, devido alegadamente à tecnologia usada para o efeito e à segurança dos sapadores. (Notícias, 09/00/00)

Moçambique e RFA rubricam três acordos

Os governos de Moçambique e da Alemanha (RFA) rubricaram ontem, em Maputo, três acordos no domínio das telecomunicações, reabilitação e manutenção de rodovias e energia eléctrica. A RFA alocou cerca de 8 milhões USD para a reabilitação da linha de transmissão de 110 kV que liga Nampula a Nacala e perto de 7 milhões USD para a reabilitação e manutenção de rodovias nas províncias de Sofala e Zambézia.

Ao abrigo dos mesmos acordos, a RFA concedeu a Moçambique cerca de 7 milhões de dólares para a primeira fase de reabilitação da rede nacional de transmissão das Telecomunicações de Moçambique. O instituto de crédito alemão para a reconstrução disponibilizou um fundo avaliado em cerca de 22 milhões USD para a implementação dos respectivos projectos. (Notícias, 09/00/00)

Fome à vista em Memba

A segurança alimentar na localidade de Geba, no distrito de Memba, na qual se registou um incêndio na domingo passado, está comprometida, sendo necessárias pelo menos 100 toneladas de produtos básicos diversos, para assegurar a sobrevivência nos próximos seis meses das cerca de mil pessoas afectadas. O incêndio destruiu cerca de 200 habitações, 21 barracas e praticamente toda a comida que os camponeses tinham aprovisionado para o período de escassez que se avizinha.

Até à próxima campanha agrícola os afectados vão depender de auxílio alimentar, pelo que para angariação e gestão de apoios, foi criada, pelo Governo provincial de Nampula, uma comissão intersectorial que acompanha a evolução da situação. O Departamento de Gestão das Calamidades em Nampula já enviou para o local mandioca seca, mantas, lonas, material plástico, para além de disponibilizar camiões para facilitar o transporte de estacas para reconstrução das habitações destruídas pelo fogo. (Notícias, 09/00/00)

Leia também:
notícia de 5ª feira: INGC apoia vítimas de incêndio de Geba

Notícias de ontem (8 de Setembro):

Elisa Cossa não vai correr por Moçambique

Moçambicanos assinalaram o dia da vitória

Chissano recebe representantes da CPLP

Alfândegas refutam acusação


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