Moçambique on-line


Notícias do dia 11 de Dezembro 2000

Renamo quer diálogo entre Frelimo e oposição
Manifestações continuarão

A bancada da Renamo-UE reiterou na passada sexta-feira a sua vontade de tudo fazer para promover o diálogo entre a oposição e a Frelimo, de modo a encontrarem-se soluções que ponham fim à crise que se instalou no país desde o anúncio dos resultados das eleições de Dezembro do ano passado. Esta posição foi manifestada, em Maputo, durante uma conferência de imprensa promovida por aquela bancada parlamentar para reafirmar que jamais reconhecerá Joaquim Chissano como Presidente da República, assim como o respectivo Governo.

Ossufo Quitine, chefe daquela bancada, disse que as manifestações promovidas pela sua coligação para reivindicar a recontagem dos votos e partilha do poder vão continuar. Para ele o que aconteceu na Assembleia da República durante a prestação do informe sobre o estado geral da Nação, feita pelo Presidente Joaquim Chissano, não passou de uma onda de protesto pacífica com o intuito de dar a conhecer a posição do seu partido face aos resultados das eleições e da "usurpação" do poder pela Frelimo e por Joaquim Chissano. A Renamo-UE considera ilegal a intervenção do Chefe de Estado na AR por, alegadamente, não possuir mandato para isso. (Notícias, 11/12/00)

HCB: Moçambique e Portugal discutem venda de acções

Técnicos moçambicanos e portugueses iniciam hoje uma série de reuniões destinadas a tornar efectiva a aquisição da maioria das acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) pelo Estado moçambicano. O Governo moçambicano tem manifestado a sua intenção de adquirir a parte portuguesa do empreendimento. No entanto, Portugal pretende ver-se ressarcido de uma dívida de 462 milhões de contos portugueses, que o Governo moçambicano considera "não pagável", preconizando a procura de uma solução. A HCB é uma empresa de direito moçambicano na proporção de 82% de capitais portugueses e 18% moçambicanos. O consumo da energia eléctrica da HCB em Moçambique situa-se nos 200 MW/ano, sendo a maior parte da produção exportada para a África do Sul. (Notícias, 11/12/00)

Na zona sul: Pesca a linha não é rentável

O Instituto de Investigação Pesqueira (IIP) considera ser necessário reduzir o número de embarcações que se dedicam à pesca à linha na região sul do país, de forma a tornar a actividade pesqueira mais rentável. Para o efeito, aquela instituição realizou em Maputo um encontro com proprietários de embarcações de pesca industrial e semi-industrial, para lhes dar a conhecer os resultados dum trabalho de investigação que tinha em vista encontrar mecanismos para a rentabilização da actividade pesqueira.

Com a redução do número de embarcações que fazem a pesca à linha, a actividade pesqueira pode ser mais rentável. Até ao ano passado estavam registadas na região sul do país 30 embarcações de pesca à linha e uma de pesca com covos. As espécies mais pescadas na região sul do país são o marreco, cachucho e robalo, que tem maior interesse económico. A maior parte do pescado é descarregado nos portos de Maputo e Inhambane donde é exportado para Portugal e África do Sul. (Notícias, 11/12/00)

Chissano visita Reino Unido

O Presidente da República, Joaquim Chissano, efectua a partir de amanhã uma visita oficial ao Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. A deslocação realiza-se a convite da Rainha Elisabeth II, que visitou Moçambique no ano passado. Durante a visita àquele país o Chefe de Estado moçambicano manterá contactos com diversas personalidades governamentais.

Chissano participará igualmente em dois seminários, um sobre comércio e oportunidade de investimento em Moçambique e outro relacionado com as políticas e estratégias de redução da pobreza e combate ao SIDA. De regresso ao país, Chissano deverá escalar a cidade de Palermo, Itália, para rubricar a Convenção da ONU sobre a Luta Contra a Criminalidade Organizada Transnacional. (Notícias, 11/12/00)

Notícias de sábado (9 de Dezembro):

USAID desembolsa mais 112 milhões USD para reconstrução do país
Exames finais: MINED não anula, mas "facilita"
Plano de desenvolvimento de Inhambane acolhe apoio internacional
Jeichande encerra "diferendo" com Luanda


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