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Ano 02 - Edição 45 - 27 de Novembro de 2000
 


SOCIEDADE


 
Cólera faz vítimas em Niassa

Os distritos de Mecanhelas e Lago, na província de Niassa, bem como a capital provincial, Lichinga, estão a ser afectados por uma epidemia de cólera, que desde a sua eclosão, nos meados do mês passado já provocou a morte de cerca de 11 pessoas e o internamento de outras 69. As autoridades sanitárias acreditam que o número, quer de vítimas mortais, quer de doentes possa ser ainda maior, uma vez que há dificuldades de comunicação com os diferentes pontos da província.

O médico-chefe provincial do Niassa, Ussene Issa, apontou que a eclosão da epidemia de cólera em alguns distritos daquele ponto do país, incluindo a cidade de Lichinga, tem muito a ver com as deficientes condições de abastecimento de água e saneamento do meio. (Notícias, 23/11/00)
 


Moçambique está na lista dos 20 mais carentes

Segundo o boletim da FAO, divulgado em Roma, Moçambique e Angola estão entre os vinte países africanos que enfrentam maior penúria alimentar. O boletim, indica ainda que no continente africano mais de 20 milhões de pessoas têm fome, situação que persistirá até 2001.

A lista dos países africanos mais afectados pela fome inclui, entre outros, o Burundi, RDCongo, Costa do Marfim, Quénia e Ruanda. Moçambique esteve representado na 119a reunião da FAO, que decorreu em Roma, pelo Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Hélder Muteia. (Notícias, 23/11/00)
 


Cinco mortos na Zambézia por causa de vendaval

Cinco pessoas morreram e 112 casas ficaram destruídas em consequência do vendaval, acompanhado de chuva e granizo, que durante dois dias fustigou os distritos de Milange e Nicoadala, na província da Zambézia. O vendaval e a chuva destruíram extensas áreas agrícolas do sector familiar, provocaram a morte de um número não especificado de animais, para além de outros que são dados como. Refira-se ainda que, em consequência deste vendaval, a cidade de Quelimane está a conhecer fortes restrições no fornecimento de energia eléctrica, como resultado da destruição de algumas linhas de transporte. (Notícias, 22/11/00)
 


Exames decorrem sem sobressaltos

Estão em curso no país os exames finais para os alunos das 10as e 12as classes do Ensino Secundário Geral e do Ensino Técnico Profissional Básico. Segundo o Ministério da Educação estes estão a decorrer normalmente, havendo também a destacar o facto de os estudantes considerarem que as provas a que foram submetido estão à altura das suas capacidades. Para tal, conforme anotaram, muito terá contribuído o facto de, durante a fase de preparação do processo, as estruturas do sector terem divulgado os tópicos dos conteúdos para os exames, o que ocorreu pela primeira vez no país.

No total, são cerca de 400 mil alunos que estão a prestar as provas de exame final em todos os subsistemas de ensino, em todo o país. Deste número, cerca de 39 mil são da província de Gaza e de alguns distritos de Inhambane e Sofala vão ser submetidos a exames especiais, em virtude de terem iniciado tardiamente as aulas, na sequência das cheias dos princípios do presente ano, que destruíram diversas infra-estruturas económicas e sociais, incluindo estabelecimentos de ensino e materiais didácticos. (Notícias, 21/11/00)
 


Demora dos fundos de Roma compromete o reassentamento

O reassentamento de populações afectadas pelas cheias está a ficar comprometido uma vez que dos 24,5 milhões USD que a comunidade doadora prometeu em Roma, até agora foi disponibilizado somente um milhão. Para o Governo e representantes de agências especializadas, subsiste uma grande preocupação em relação às perspectivas no campo do reassentamento, sabido que há uma grande faixa de afectados vivendo em situações precárias.

Estima-se que cerca de 27% da população do país, totalizando 4,5 milhões de pessoas, foi afectada pelas cheias. Ficaram em situação de dificuldades económicas severas cerca de 2 milhões de pessoas que perderam bens diversos, entre casas, lojas, meios de transporte, animais, campos de cultivados, ou não têm acesso aos seus bens os quaisquer meios de subsistência, devido não só às cheias, como também à destruição das vias de comunicação. (Notícias, 23/11/00)

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