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Ano 02 - Edição 47 - 11 de Dezembro de 2000
 


ECONOMIA E INDÚSTRIA


 
REINO UNIDO PERDOA JUROS DA DÍVIDA MOÇAMBICANA

O Reino Unido da Grã-Bretanha vai perdoar os juros da dívida de Moçambique bem como de outros três países de língua oficial portuguesa. Os quatro países lusófonos fazem parte de uma lista de 41 nações, que irão beneficiar da "clemência" britânica. Por outro lado, a Grã-Bretanha propôs aos países ricos para seguirem o seu exemplo. Neste esforço, o Reino Unido renuncia a 1,6 milhões de libras dos juros das dívidas dos aludidos 41 países. (Notícias, 04/12/00)
 


PREÇO DA CASTANHA CAI EM MAIS DE 50%

O preço da compra da castanha de caju junto do produtor/apanhador, pelo menos nas zonas onde a comercialização já começou (Nampula e Zambézia), registou uma queda em mais de 50% em relação aos preços praticados na campanha anterior. No ano passado, naquelas províncias, o preço da castanha de caju situava-se entre os 6 mil e 11 mil meticais por quilograma. Neste momento verifica-se uma descida variando entre os 3.000 e os 4.500 meticais o quilograma, preços considerados extremamente baixos.

Até à campanha passada Moçambique conseguia colocar no mercado externo a castanha de caju em bruto por volta dos 700 USD por tonelada. Todavia, neste momento o preço tem-se situado por volta dos 415 USD por tonelada, o que chega a influenciar negativamente o preço pelo qual o comerciante e o exportador vão adquirir o produto junto do apanhador. A queda dos preços da castanha deve-se fundamentalmente ao facto de a Índia, o maior produtor e principal destino da castanha moçambicana, ter quantidades excessivas do produto. (Notícias, 06/12/00)
 


USAID DESEMBOLSA MAIS 112 MILHÕES USD PARA RECONSTRUÇÃO DO PAÍS

Os EUA desembolsaram 112 milhões USD, última parte do montante prometido em Roma, no âmbito do apoio à reconstrução de Moçambique no período pós-cheias. Os acordos para a disponibilização do montante foram rubricados em Maputo entre o Governo moçambicano, a USAID e a Embaixada norte-americana em Maputo. Estes acordos elevam a contribuição do Governo norte-americano, para a reconstrução, a um total de 132 milhões USD, ultrapassando em um milhão USD o dinheiro prometido por aquele país em Roma. Assim os EUA tornaram-se no país com maior contribuição para a reconstrução do país orçada em 453 milhões USD. (Notícias, 09/12/00)
 


BEI FINANCIA EXPANSÃO DA REDE DE TELEFONIA CELULAR

O Banco Europeu de Investimento (BEI) aprovou um financiamento de 9 milhões de euros à empresa pública Telecomunicações de Moçambique (TDM). Segundo o Conselho de Administração das TDM, o valor será aplicado no projecto de expansão da rede móvel celular em todo o país. Este financiamento, que completa um empréstimo anterior concedido pela Agência Francesa de Desenvolvimento no valor de 12 milhões de euros, vai possibilitar uma expansão da capacidade do serviço de rede celular em Maputo, bem como o desenvolvimento do serviço telefónico móvel celular nas províncias de Sofala, Manica, Nampula e Tete. (Notícias, 08/12/00)
 


CANADIANOS MANIFESTAM INTERESSA SOBRE VALE DO ZAMBEZE

A Agência Canadiana de Desenvolvimento Internacional (CIDA) está a busca de possíveis áreas de investimentos no Vale do Zambeze, tendo para o efeito se reunido em Maputo com as autoridades moçambicanas, nomeadamente o Gabinete do Plano do Zambeze (GPZ). Ainda não são conhecidas as áreas concretas, mas sabe-se que as acções daquela organização governamental canadiana deverão incidir na região do delta do Zambeze. O interesse da CIDA por aquela região ficou evidenciado em Março deste ano, quando a direcção do GPZ, na companhia de outros países africanos, foi convidada pelo Canadá a fazer uma apresentação sobre as pontencialidades daquela região rica em recursos naturais. (Notícias, 08/12/00)
 


ALFÂNDEGAS: DIRECÇÃO DA UTRA MUDA DE MÃOS

A Ministra das Finanças, Luisa Diogo, anunciou em Maputo a substituição de Pedro Bule como director-geral da Unidade Técnica de Restruturação das Alfândegas (UTRA) pelo Dr. António Victor Barros Santos, actualmente juiz conselheiro do Tribunal Administrativo, mas com longa experiência nas Alfândegas. Na sua conferência de imprensa a Ministra reconheceu a existência do que chamou de possíveis "excessos de zelo" na gestão das Alfândegas por parte da empresa britânica Crown Agents.

O processo de reformas nas Alfândegas, iniciado em Janeiro de 1997, disse a Ministra, entrou na sua fase de consolidação, que atenderá fundamentalmente três vertentes diferentes. A primeira é a reverificação, juntamente com os operadores económicos, de alguma legislação, como seja a referente à importação de viaturas, aos mineiros, aos armazéns aduaneiros, entre outros. A segunda vertente diz respeito à criação de condições físicas para que as Alfândegas possam funcionar com dignidade. A terceira refere-se aos recursos humanos, ou seja a passagem da gestão da Crown Agents para os nacionais. De acordo com a Ministra as Alfândegas rendem anualmente 200 milhões USD para os cofres do Estado. (Notícias, 07/12/00)

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