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Ano 03 - Edição 19 - 21 de Maio de 2001
 

ECONOMIA E INDÚSTRIA


 
Privados abrem mais um banco

Foi inaugurado em Maputo um novo banco privado, de capitais portugueses e moçambicanos denominado Banco de Desenvolvimento e Comércio (BDC). O BDC abriu com dois balcões em Maputo mas pretende abrir em todo o país, nos próximos três anos, quinze balcões. O banco providencia entre outros serviços, créditos para agricultura e construção.

O Grupo Montepio Geral - o banco português mais antigo - detém 42% das acções do BDC, com um capital social de três milhões USD. Empresas e instituições moçambicanas participam com 34% e os restantes 24% pertencem a empresas e singulares portugueses. O presidente do Conselho de Administração do BDC é Hermenegildo Gamito, deputado da Assembleia da República pela Frelimo, que desempenhou as mesmas funções no Banco Popular de Desenvolvimento. (AIM e Notícias, 15/05/01)


Desvalorização do metical: dólar vale mais de 20 000 mt

A depreciação da moeda nacional, o metical, em relação ao dólar, entrou num ritmo acelerado há alguns meses e, actualmente o dólar é vendido a mais 20 000 mt. Recentemente, a ministra do Plano e Finanças, Luísa Diogo, atribuiu a depreciação à "dolarização" da economia por parte dos agentes económicos.

Por seu turno, o Banco de Moçambique entende que a actual desvalorização resulta, em parte, das conturbadas eleições de 1999 e o problema informático do "bug 2000", que teriam levado ao crescimento da expansão monetária em mais de 40%. Entretanto, há outra explicação, de acordo com a qual o Governo teria recorrido à impressão de mais notas para tapar o rombo no Banco Comercial de Moçambique, causando a actual derrapagem acelerada do metical. (MOL, 14/05/01)


Moçambique e Bélgica assinaram acordo de cooperação

Moçambique e Bélgica assinaram em Bruxelas um acordo de cooperação, na sequência da decisão daquele reino de incluir o país na lista dos países prioritários de cooperação para o desenvolvimento, estando já 90 milhões de francos belgas destinados ao arranque dos projectos.

A cooperação entre os dois países abarca os sectores da saúde, educação, agricultura e segurança alimentar, infra-estruturas básicas, prevenção de conflitos e promoção de acções comunitárias. Por outro lado, a Bélgica anunciou a anulação da dívida de Moçambique para com aquele reino no valor de 16 milhões francos belgas. (Notícias, 14/05/01)


Cidade da Matola: Kuweit e OPEP financiam subestação

O Fundo do Kuweit e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) asseguraram o financiamento do projecto de construção, na cidade da Matola, de uma nova subestação, com uma capacidade de 275 kV de energia eléctrica, com saídas de 66 kV. O projecto está orçado em 10 milhões USD e as obras de construção deverão começar brevemente.

A subestação da Matola vai funcionar como um sistema redundante às de Infulene e da MOTRACO, reforçando e servindo de fonte alternativa para o abastecimento de energia à cidade e província de Maputo. As obras estão a cargo de um consórcio luso-espanhol e deverão ser concluídas num prazo de 17 meses. (Notícias, 15/05/01)


Boeing 767 das LAM cedido à AIRLUXOR

As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) assinaram com a companhia aérea portuguesa AIRLUXOR um acordo para a cedência da aeronave B767-200ER por um período de cinco meses. O acordo foi celebrado em leasing com base no "ACMI-Aircraft Crew Maintenace Insurance" e vai permitir que a AIRLUXOR utilize a aeronave nas suas operações, com tripulação e manutenção das LAM e as cores da AIRLUXOR. (Notícias, 18/05/01)


Em Manica: Zimbabweanos exploram ouro ilegalmente

O administrador do distrito de Manica, na província do mesmo nome, Paulo Majacunene, revelou recentemente que cidadãos zimbabweanos estão a explorar ouro ilegalmente na região de Penhalonga.

Um desses estrangeiros, além de explorar ouro, está a explorar também recursos florestais na floresta exótica de pinheiros pertencentes à empresa INFLOMA. Segundo o administrador, as autoridades não emitiram nenhuma licença de exploração de ouro nem madeira a favor deste estrangeiro. (Notícias, 17/05/01)


Governo agrava preços dos combustíveis

O Governo aumentou os preços dos combustíveis líquidos devido à subida dos preços dos produtos de importação e à desvalorização do Metical, cuja taxa de câmbio em relação ao dólar aumentou 7,5% . Assim, o preço do petróleo foi agravado em cerca de 17%, passando de 5 040 MT/litro para 5 900 MT, e o gasóleo subiu em 16,7%, passando o litro a custar 8 680 MT, contra os anteriores 7 440 MT/litro.

O Jet A1 e o Fuel Oil, que custavam 5 539 MT e 5 160 MT por litro, passaram a custar 6 254 MT/litro e 5 699 MT/litro, respectivamente. Estes preços são praticados nos postos de venda situados nas cidades de Maputo, Matola, Beira e Nacala. Para as outras regiões do país, as empresas distribuidoras estão autorizadas a acrescer aos preços os custos de transporte vigentes no mercado. O último agravamento foi efectuado a 30 de Março. (Notícias, 18/05/01)


Nórdicos disponibilizam 3,3 milhões USD para as finanças do país

A Suíça, Suécia e Noruega assinaram acordos com o Governo moçambicano com o objectivo de apoiar a capacitação institucional do Ministério do Plano e Finanças (MPF), ao abrigo dos quais serão disponibilizados 3,3 milhões USD para o período de 2001/02. Os presentes acordos correspondem à segunda fase de um programa de cinco anos de desenvolvimento institucional iniciado em 1987.

Os acordos prevêem o reforço institucional do Gabinete de Estudos do MPF, através do seu crescimento e consolidação como centro de análise económica, conferindo-se uma fase particular ao treino e formação de quadros moçambicanos. (Notícias, 18/05/01)


"Orla Marítima" está retido no porto

Ao abrigo de uma acusação de subfacturação detectada no processo de desalfandegamento, as alfândegas retiveram mais de 30 de contentores de vinho Orla Marítima no porto de Maputo. O importador, a SOCIMPEX, refuta as acusações e diz que remeteu o caso ao tribunal judicial da cidade, que deliberou a seu favor. A empresa britânica Crown Agents, gestora das Alfândegas de Moçambique, recusa-se a cumprir as ordens do juiz. (Savana, 18/05/01)

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