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Ano 03 - Edição 26 - 27 de Agosto de 2001
 

POLÍTICA


Assassinado PCA do Banco Austral

Foi assassinado no dia 11 de Agosto corrente, na sede do Banco Austral, em Maputo, o Presidente do Conselho de Administração interino da instituição, António Siba-Siba Macuácua. Ao que se supõe, depois de uma batalha com o(s) assassino(s) Siba Siba terá sido atirado, pelo vão das escadas, a partir do 14º andar até placa do edifício.

À hora do acontecimento encontravam-se dentro do edifício numerosos funcionários e a própria segurança do Banco. O PCA estava no banco para preparar o relatório que iria entregar aos novos proprietários, o grupo financeiro sul-africano ABSA. Siba-Siba, funcionário sénior do Banco Central, havia sido nomeado PCA provisório do Banco Austral a 4 de Abril, depois da retirada dos sócios malaios.

Ao malogrado havia sido confiado a tarefa de regular a grave situação financeira da instituição, que fechou o ano de 2000 com um resultado negativo de quase 1,4 mil milhões de contos, devido, principalmente, ao elevado nível de crédito mal parado. A polícia afirma que está a investigar o acontecido, com o apoio da polícia sul-africana. (RM, 11/08/01, Domingo 12/08/01)


Graça Machel homenageia Cardoso e Siba-Siba

A 22 de Agosto corrente, nove meses que foi assassinado Carlos Cardoso, editor do jornal metical. O facto foi recordado num pequeno encontro no local do crime amigos, colegas e familiares do malogrado. Nesse dia o jornal metical publicou um artigo de Graça Machel, no qual a viúva de Samora Machel, compara o jornalista Carlos Cardoso e o PCA do Banco Austral, António Siba-Siba ao antigo presidente da República. Para Graça os três, ambos assassinados brutalmente, foram homens corajosos e honestos, combatentes pela verdade e justiça. (Notícias, 25/08/01)


Moçambicano não confia no Estado

Na ocasião do lançamento da ONG "Ética Moçambique" foi apresentado um estudo sobre a percepção da corrupção, baseado em inquéritos feitos em Nampula, Sofala e Maputo. O estudo indica que as instituições do Estado, tais como a Polícia, os tribunais, o parlamento e as instituições do Estado merecem muita pouca confiança nos olhos do cidadão moçambicano. Somente o presidente da República marca um valor ligeiramente mais alta.

As confissões religiosas, as organizações sócio-económicas e os jornalistas ainda têm alguma credibilidade os olhos dos moçambicanos.A "Ética Moçambique" tem por objectivo "promover e fortalecer a integridade, a transparência, a probidade e o interesse público, através da defesa de valores éticos e morais".

Entre os fundadores do grupo estão o antigo primeiro vice-presidente da Assembleia da República, Abdul Carimo Issá, Cássimo David, D. Dinis Sengulane, Brazão Mazula, José Norberto Carrilho e outros além de representantes de organizações como a Associação Comercial de Moçambique, Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, Liga dos Direitos Humanos e a Associação Direitos Humanos e Desenvolvimento. (Notícias, MOL, 23/08/01)


CFM-Sul: Trabalhadores três semanas em greve

Durante cerca de três semanas os trabalhadores paralisaram as suas actividades, montaram barricadas na via férrea para descarrilar os comboios, entre outras sabotagens. Os grevistas reivindicavam um aumento do salário, subsídios de férias, de alimentação, de transporte de renda de casa, a actualização do bónus de família, entre outras regalias. O respectivo sindicato (SINPOCAF), que distanciou-se da greve e aliou-se ao patronato, acusou os grevistas de serem "um grupo de agitadores".

Devido a alegada intransigência do patronato, maior parte dos grevistas "rendeu-se" às difíceis condições de trabalho e ao magro salário. O grupo apresentou-se na empresa disposto a trabalhar mas não se conhece o desfecho do caso. Os CFM empregam cerca de 18 mil trabalhadores, mas o programa de reestruturação da empresa, apoiado pelo Banco Mundial, exige a redução da força laboral a menos que 7 000. (TVM, Notícias, metical 08/08/01)


Participação da Mulher quase na meta

A África do Sul é o único país da SADC em que pelo menos 30% dos seus governantes e parlamentares são mulheres, conforme a meta estabelecida em 1997 pela organização regional. Moçambique, com 28,4%, e as Seychelles, com 24%, estão próximos daquele compromisso.

Assim, a cimeira da SADC, realizada este mês em Blantyre, voltou a exortar os 14 Estados membros a aproveitarem as próximas eleições nos respectivos países para reformularem a representação do género nos lugares de decisão, dando cumprimento à meta aprovada em 1997. (Notícias, 24/08/01)


Malásia e países africanos criam agência de notícias

Durante o Diálogo Global 2001 para uma Parceria Inteligente realizada no Uganda, a Malásia e sete países africanos, incluindo Moçambique, criaram uma agência noticiosa "alternativa" on-line SNNI (Smart News Network International). A agência opera a partir de Kampala, Uganda, através de um servidor malaio. O objectivo da SNNI é oferecer um noticiário "exacto, equilibrado e inteligente e constituir-se em agência noticiosa alternativa para países em desenvolvimento".

A criação da SNNI resulta da Declaração Munyongo-Kampala sobre a Comunicação Social assinatura pelos presidentes Joaquim Chissano, de Moçambique, e Yoweri Musseveni, do Uganda e pelo primeiro-ministro malaio, Mahatir Mohamed. A ideia desta rede de noticiário foi lançada em A gosto de 2000 em Maputo, no VI Diálogo Internacional Inteligente da África Austral. (Notícias, 22/08/01)

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