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Ano 04 - Edição 24 - 17 de Junho de 2002
 

INTERNACIONAL

 
Madagáscar - Ratsiraka vai de férias

Didier Ratsiraka deixou a Ilha de Madagáscar com destino a França. O ex-presidente malgaxe prometeu que ia à busca de uma solução para a crise que abala o país. Simpatizantes de Ratsiraka dizem que ele pretende passar um tempo em Paris com a sua família, antes da próxima ronda de negociações, agendadas para a próxima semana em Libreville, no Gabão.

As tropas de Ravalomanana tomaram a cidade portuária de Mahanjanga, que estava sob jurisdição de Didier Ratsiraka, a noroeste do país. Acredita-se que com a captura da cidade se possa ajudar a pôr fim ao cerco que dura há três meses na capital.

A ilha está dividida em duas partes, a capital Antananarivo controlada por Ravalomanana e a zona costeira nas mãos dos partidários de Ratsiraka. (TVM, 14/06/02)


Guiné Bissau - Nova vaga de detenções

Mais duas dezenas de pessoas foram presas na Guiné Bissau, por alegado envolvimento numa nova tentativa para derrubar o regime do presidente Kumba Ialá. O próprio chefe de Estado guineense anunciou as detenções, que se juntam à captura de cerca 30 militares e polícias, ocorrida no início de Dezembro de 2001, também justificada por actos subversivos.

Embora sem o declarar abertamente, o presidente relacionou os presumíveis conspiradores com a rebelião do ex-chefe da Junta Militar, brigadeiro Ansumane Mané, assassinado em Novembro de 2000. Ao discursar num acto oficial, na presença de diplomatas estrangeiros, o presidente Ialá indicou que razões "étnicas e religiosas estiveram na linha de frente das motivações dos protagonistas" da suposta tentativa de golpe de Estado.

Kumba Ialá anunciou que os supostos conjurados iam ser todos amnistiados, medida que é da competência do Parlamento. Com as prisões cheias de militares, os funcionários com vários meses de salários em atraso e o governo sem orçamento, os mais pessimistas acreditam que o pior ainda está para vir. (TVM, 13/06/02)


Angola - governo termina arrumação da UNITA

Terminou oficialmente o processo de aquartelamento das Forças Militares da UNITA (FMU). O governo, ONU, organizações humanitárias, forças políticas e grupos de pressão, angolanos e estrangeiros, preparam-se agora para a próxima fase, não isenta de perigos e conflitos. O governo angolano parece efectivamente sobrepassado pela magnitude das tarefas que tem pela frente.

Os 25 milhões de euros inicialmente atribuídos às FAA, para "acomodar" os ex-guerrilheiros e as suas famílias, são insuficientes para responder às necessidades de mais de 300 mil pessoas que se precipitaram nos aquartelamentos à procura de comida, roupa e assistência médica.

O governo chamou os seus embaixadores a Luanda para lançar uma ofensiva diplomática para angariar ajudas e investimentos externos. O primeiro objectivo é conseguir uma ajuda suplementar de emergência de 65 milhões USD. Os militares das FAA e das FMU que integram a Comissão Mista não param.

Enquanto se procede à selecção dos 5000 militares que integrarão as FAA e a Polícia e a identificação dos "desmobilizáveis", as primeiras equipas conjuntas de desminagem já entraram em acção, bem como as operações de localização dos paióis e de recuperação do armamento pesado da UNITA, escondidos nas matas. (TVM, 15/06/02)

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