Moçambique on-line

Notícias do dia 7 de Fevereiro 2001

Chuvas no Centro do país:
EN 1 cortada; Mafambisse inundada

As chuvas intensas que têm estado a cair na província de Sofala, cortaram a estrada nacional nº 1 (EN 1), no troço entre os rios Ripembe e Muári. As empreiteiras Rundell e CMC Estero, contratadas pela Administração Nacional de Estradas para reabilitar alguns trechos que sofreram danos com as chuvas de 1999 e do ano passado, estão posicionadas no local para intervir logo que as chuvas pararem. A EN 1 é vital para a economia moçambicana pois liga o sul e centro num percurso de centenas de quilómetros.

A situação também é crítica ao longo da EN nº 6 (o "corredor" da Beira, que liga Beira a Zimbabwe). Em Mafambisse, no distrito de Dondo, cerca de 600 famílias tiveram que abandonar as suas casas, fugindo das inundações que também atingiram uma parte do canavial da Açucareira de Moçambique. A estrada Tica-Buzi está intransitável, porque as chuvas inundaram alguns troços. O rio Púnguè atingiu um nível de 6,8 metros - apenas 20 cm abaixo do nível de alerta.

No vale do rio Zambeze a situação tende a agravar-se. As chuvas cortaram as ligações rodoviárias entre a cidade de Tete e os distritos de Mutarare e de Zumbo. Para se viajar de Mutarare para Tete é preciso atravessar território malawiano, enquanto a ligação Zumbo-Tete é feita via Zâmbia. O batelão de Caia está a operar, depois de uma interrupção de algumas semanas, mas está a ser difícil descongestionar as viaturas pesadas que se aglomeraram nas duas margens, porque o nível do Rio Zambeze continua bastante alto.

Na província da Zambézia algumas ligações rodoviárias importantes estão interrompidas, como a entre Maganja da Costa e Pebane e a entre Maganja da Costa e Macuse. Em Nampula a cerveja está a registar preços de especulação uma vez que oito camiões da empresa Cervejas de Moçambique estão retidos algures na Zambézia. (Notícias, RM, 7 e 6/02/01)

Governo aprova expansão da Mozal

O Conselho de Ministros realizou ontem a sua primeira sessão ordinária de 2001, durante a qual aprovou os termos de autorização da segunda fase da Mozal. A expansão, a ser realizada no actual parque deste empreendimento em Beluluane, Boane, elevará a produção de alumínio de 250 000 toneladas por ano para 500 000 tonelados por ano, num investimento de cerca de um bilião USD. Esta expansão, na fase de construção, vai empregar cerca de 6000 trabalhadores e, uma vez em operação, oferecerá 250 postos de trabalho adicionais. (Notícias, 07/02/01)

Cidade de Matola completa 29 anos:
Lançamento de "Matola Heights" marca aniversário

Foi lançada na passada segunda-feira, na cidade da Matola, a primeira pedra para a edificação do condomínio "Matola Heights", marcando assim o início das obras do complexo com cerca de 270 habitações. As obras são financiadas por um consórcio malaio-moçambicano e o lançamento da primeira pedra do complexo residencial, avaliado em cerca de 30 milhões USD, coincidiu com as celebrações do 29º aniversário da elevação da Matola à categoria de cidade. Além de espaços habitacionais, o empreendimento, que deverá estar concluído até Junho do próximo ano, terá lojas, clínicas, restaurantes, salas de cinema, escritórios, entre outras infra-estruturas. (Notícias, 07/02/01)

Na sequência do acidente: TSL custeia despesas

A Companhia de Transportes e Investimentos (TSL) vai custear as despesas relativas aos funerais dos mortos e tratamentos hospitalares dos feridos no acidente de viação de domingo último, em Sofala, no qual morreram seis pessoas e outras 40 ficaram feridas. A empresa já está a transladar os corpos identificados pelos familiares, enquanto que dos 40 feridos internados no hospital Central da Beira, 20 já tiveram alta.

Quanto às causas do acidente, a TSL diz que só poderão ser conhecidas após a chegada a Maputo da "caixa negra" do autocarro, aparelho que faz o registo detalhado do que acontece com a viatura durante a viagem. Os três acidentes registados neste ano envolvendo os autocarros da TSL foram absolutamente trágicos, tendo causado a morte de mais de 20 pessoas. (Notícias, 07/02/01)

Trabalho da CPI interrompido por 30 dias

A interrupção dos trabalhos da Comissão parlamentar de inquérito para averiguar as causas dos confrontos violentos durante as manifestações do dia 9 de Novembro será de 30 dias, informou o presidente da Comissão, o deputado da Renamo, Vicente Ululu. Na província de Nampula a comissão ainda deve visitar os distritos de Moma, Mogovolas e a cidade de Nampula, enquanto na província de Sofala estão programadas visitas a Caia, Sena, Dondo, Machanga e a cidade de Beira.

Recorde-se que o trabalho da CPI parou quando o carro no qual se deslocaram os membros da comissão teve um acidente. Na altura a comissão dirigiu-se à sede do distrito de Moma, vindo da vila de Angoche. A interrupção dos trabalhos implica que é praticamente impossível a comissão apresentar as suas conclusões definitivas no início da próxima sessão da Assembleia da República. (Notícias 7/02/01)

Leia também: notícia de 30 de Janeiro:
Comissão parlamentar de investigação sofre acidente
 

Notícias de ontem (6 de Fevereiro):

Acidente de viação ceifa vida a seis pessoas em Sofala
Morte de Valentim Daniel é perda irreparável
Ano lectivo inicia sem livro escolar
Sector de construção registou maior crescimento
Reunião da IDC: Dhlakama não viaja a Roma


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