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Ano 02 - Edição 33 - 4 de Setembro de 2000
 


POLÍTICA


 
Dhlakama confirma manifestações

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse que o seu partido está a preparar para breve manifestações em todo o país, em protesto contra o que considerou "abusos" e "ausência de democracia" da Frelimo. Segundo Dhlakama, essas manifestações pretendem colocar em evidência aquilo que são as carências e preocupações dos cidadãos que até agora "não participam em nada, nem viram nada resolvido". (Notícias, 1/09/00)
 


Maputo está satisfeito com a sentença dos alemães

O Governo de Moçambique considera satisfatória e gratificante a forma rápida e eficiente como o executivo da RFA encaminhou o processo criminal envolvendo três jovens alemães que a 11 de Junho último espancaram até à morte um emigrante moçambicano de nome Alberto Adriano que residia e trabalhava naquele país europeu. Este mês o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Leonardo Simão, vai efectuar uma visita de trabalho à Alemanha, devendo aproveitar a oportunidade para renovar a mensagem do executivo de Maputo. Simão considera desde já que o gesto da Alemanha constitui uma manifestação clara da sua vontade de cimentar os laços de amizade e cooperação que unem os dois países.

O julgamento dos assassinos de Alberto Adriano, que deixa viúva e três filhos, começou a 22 de Agosto passado, tendo a sentença, proferida na última quarta-feira, ditado pena de prisão perpétua para o neonazi de 24 anos de idade e 9 anos de prisão para os outros dois adolescentes de 16 anos de idade cada. O Chanceler alemão Gerhard Schroeder prestou homenagem à memória de Alberto Adriano, depondo uma coroa de flores no memorial em honra do moçambicano, no parque de Dessau, local onde a vítima foi espancada até à morte pelos "skinheads" em Junho passado. (Notícias, 1/09/00)
 


Angoche acolhe Conselho de Ministros

A cidade de Angoche, província de Nampula, acolheu no dia 2 de Setembro a 27ª Sessão do Conselho de Ministros, a primeira a realizar-se fora da cidade de Maputo. A reunião, presidida por Joaquim Chissano, de visita à província de Nampula, teve como único ponto de agenda a apreciação detalhada do chamado Plano de Desenvolvimento Distrital de Angoche (PDDA), muito embora o enfoque dos debates tenha girado em torno do chamado Plano de Estrutura do Município da urbe, que visa fundamentalmente revitalizar a actividade económica e social do distrito, com um enfoque particular para a sua sede. (Notícias, 02/09/00)
 


Mortes de reclusos na cadeia preocupa Renamo

A oposição, liderada pela Renamo, diz que morreram na Cadeia Provincial de Nampula, ao longo deste ano, vários reclusos devido aos maus tratos alegadamente perpetrados pelos guardas daquele estabelecimento prisional. A Renamo refere ainda que as mortes naquela cadeia não são comunicadas aos parentes das vítimas que são alegadamente sepultadas como indigentes, apesar de existirem registos em poder da direcção do estabelecimento, dando entrada de reclusos para cumprir as suas penas de prisão.

A direcção da cadeia refuta essas acusações e afirma que aqueles reclusos morreram devido a várias doenças contraídas na penitenciária. As condições de vida dos reclusos da Cadeia Provincial de Nampula são precárias, os prisioneiros alimentam-se invariavelmente de feijão e farinha de milho, sem adição de nenhuns outros condimentos, senão o sal. Com uma capacidade para acomodar 75 reclusos, a Cadeia de Nampula alberga cerca de 500 indivíduos. (Notícias, 28/08/00)
 


"Carter Center" fala sobre o "dossier" eleições

O Centro Carter considerou as eleições moçambicanas de 1999 imperfeitas, mas como indicativas de um processo de "maturação política". Num relatório final atinente à sua participação como observador do sufrágio em alusão, a Fundação Carter apelou para a realização de reformas, à base do consenso, no processo eleitoral moçambicano.

O Centro aponta que estas eleições foram afectadas por falta de transparência durante a fase final da contagem dos votos. O Carter Centre faz notar que ao se excluir 550 folhas de resultados devido a erros, o número de potenciais votos válidos excluídos é de 377 773, um número maior do que a margem da vitória do Presidente Chissano. Aquele organismo não considera que as eleições foram fraudulentas, mas também não as descreve como "livres e justas". (Notícias, 28/08/00)

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