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Ano 02 - Edição 35 - 18 de Setembro de 2000
 


ECONOMIA E INDÚSTRIA


 
Moçambique e RFA rubricam três acordos

Os governos de Moçambique e da Alemanha (RFA) rubricaram, em Maputo, três acordos no domínio das telecomunicações, reabilitação e manutenção de rodovias e energia eléctrica. A RFA alocou cerca de 8 milhões USD para a reabilitação da linha de transmissão de 110 kV que liga Nampula a Nacala e perto de 7 milhões USD para a reabilitação e manutenção de rodovias nas províncias de Sofala e Zambézia.

Ao abrigo dos mesmos acordos, a RFA concedeu a Moçambique cerca de 7 milhões de dólares para a primeira fase de reabilitação da rede nacional de transmissão das Telecomunicações de Moçambique. O instituto de crédito alemão para a reconstrução disponibilizou um fundo avaliado em cerca de 22 milhões USD para a implementação dos respectivos projectos. (Notícias, 09/09/00)
 


BSTM lança obrigações

O Banco Standard Totta de Moçambique (BSTM), a primeira instituição financeira do país a estruturar e posteriormente admitir à cotação uma emissão de obrigações em meticais a taxa variável, vai lançar um empréstimo obrigacionista à subscrição particular durante as próximas semanas, que será posteriormente admitido à cotação na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM). A operação terá um valor de 100 mil milhões de meticais. O empréstimo obrigacionista é uma operação de emissão de dívida titulada por obrigações que será colocada de forma selectiva junto de um grupo de investidores seleccionados.

Os três principais objectivos da presente operação são reforçar a solidez da estrutura de capitais do banco, aumentar a base de captação de fundos em meticais a médio prazo, proporcionar aos investidores um instrumento de diversificação da sua carteira com uma rendibilidade atractiva e um risco baixo e contribuir de forma decisiva para a solidificação e modernização do sistema financeiro do mercado de capitais em Moçambique. (Notícias, 12/09/00)


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Alfândegas implementam novo procedimento de importação

As Alfândegas de Moçambique passaram a observar novos procedimentos no desembarque de mercadorias introduzidas no país através de comboios provenientes da África do Sul. A medida visa, alegadamente, o desalfandegamento de mercadorias em condições seguras, tanto para os importadores como para as Alfândegas, que pretendem ainda uma melhor cobrança de receitas. Ao invés de a carga ser desalfandegada em Ressano Garcia ou na estação ferroviária da baixa de Maputo, os vagões contendo mercadorias serão selados em Komatipoort e reabertos na terminal das Mahotas em Maputo. (Notícias, 11/09/00)
 


Inaugurada subestação de Maputo

O Primeiro-Ministro, Pascoal Mocumbi, inaugurou em Beluluane, província de Maputo, a unidade de transformação da energia eléctrica em muito Alta Tensão, construída pelo consórcio MOTRACO (Companhia de Transmissão de Moçambique, Sarl) para fornecer energia eléctrica à fundição MOZAL. Cerca de 107 milhões USD é o montante investido em três partes pelos accionistas da MOTRACO, as empresas EDM de Moçambique, ESKOM da África do Sul e a SEB da Suazilândia, para custear a edificação de duas linhas de transporte de 400 kV a partir da África do Sul, numa extensão de cerca de 600 km. A construção dessas linhas teve início na África do Sul em Julho de 1998.

A nova subestação vai melhorar a qualidade de energia eléctrica que abastece as províncias de Maputo e Gaza, pois ainda está em construção a rede para a província de Inhambane. A MOTRACO poderá investir mais de 70 milhões USD para assegurar o fornecimento de energia eléctrica à fábrica MOZAL caso seja aprovada a proposta da duplicação da capacidade de produção daquele empreendimento, agora fixada em 245 mil toneladas de alumínio por ano. (Notícias, 15/09/00)
 


O país está a registar afluência significativa de investimentos

Moçambique, no primeiro semestre do ano em curso, continuou a atrair investimentos, apesar do impacto negativo das recentes cheias. Dados divulgados pelo Centro de Promoção de Investimentos (CPI) indicam que de Janeiro a Junho deste ano foram aprovados 93 projectos, totalizando mais de 180 milhões USD. Segundo o CPI, no período em alusão, Portugal e África do Sul foram os maiores investidores, tendo o primeiro investido em 40 projectos, avaliados em cerca de 40 milhões USD e o segundo em 22, correspondentes a cerca de 8 milhões USD. Em igual período do ano passado foram aprovados 75 projectos que totalizaram mais de 215 milhões USD. (Notícias, 15/09/00)
 


"Comerciais Brasileiros" em cooperação com Moçambique

A Associação Comercial de Moçambique (ACM) e a Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) assinaram em Maputo um acordo de cooperação que visa, entre outros aspectos, a transferência de "know-how" para o desenvolvimento do empresariado moçambicano. Segundo o Presidente da ACM, Salimo Abdula, o entendimento vai permitir que as pequenas e médias empresas adquiram experiências das suas congéneres brasileiras para poderem melhorar o seu desempenho. O acordo tem uma duração de cinco anos, período durante o qual empresários de ambos os países se poderão encontrar para trocarem experiências como forma de desenvolver as suas actividades. (Notícias, 16/09/00)
 


Baixo aproveitamento da produção deve-se à fraqueza industrial

Decorreu em Maputo um seminário subordinado ao tema "Made in Mozambique": Criação de Vantagens Competitivas no Mercado Global com Impacto no Desenvolvimento Rural", organizado pelo Governo moçambicano, pela Confederação das Associações Económicas, a FDC e a Technoserve Moçambique, com o objectivo de identificar uma estratégia eficiente de negócios para as economias em desenvolvimento, como é o caso de Moçambique, procurando fazer com que particularmente os pequenos produtores e mais concretamente, a comunidade rural, não permaneçam afastados das forças de globalização.

Segundo o Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Morgado, a debilidade da micro e pequena indústria rural nacional está a contribuir sobremaneira para que parte considerável da produção agrícola não tenha o devido aproveitamento. Esta situação verifica-se, não obstante Moçambique possuir vantagens no seu potencial económico agrícola. Morgado realçou ainda o facto de a comunidade rural moçambicana ser constituída por pequenos produtores agrícolas do sector familiar, com dificuldades de acesso às tecnologias modernas e ao mercado de capitais, o que "reduz o estabelecimento de negócios rentáveis e sustentáveis". (Notícias, 13/09/00)
 


Tabaco poderá ser transportado por via fluvial

O Governo de Moçambique coloca a hipótese de utilizar o rio Zambeze para o transporte de tabaco em folha produzido nas regiões centro e norte do país, com vista ao seu processamento na província de Tete. A possibilidade foi anunciada pelo governador de Tete, Tomás Mandlate, durante um encontro com o presidente da Associação dos Produtores de Tabaco da África Austral, Rusty Markhan, em que foi dominante a necessidade da instalação de uma fábrica de processamento de tabaco em território moçambicano.

A construção da referida fábrica é de capital importância dado os constrangimentos que os produtores têm enfrentado no processamento do produto em fábricas malawianas. Este ano, cerca de 7500 toneladas de tabaco em folha produzidas em Moçambique ficaram retidas nos postos fronteiriços entre Moçambique e o Malawi, na sequência da ordem das autoridades governamentais malawianas interditando a entrada do produto naquele país para processamento. Uma fábrica de processamento de tabaco só é viável com uma produção anual de pelo menos 10 mil toneladas de tabaco em folha por ano; actualmente Moçambique produz cerca de 7500 toneladas/ano. (Notícias, 13/09/00)

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