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Ano 02 - Edição 35 - 18 de Setembro de 2000
 


SOCIEDADE


 
Programadores-analíticos de aplicação graduados

O Centro de Processamento de Dados (CPD), em Maputo, graduou um total de 26 estudantes num curso médio de informática na especialidade de programador-analítico de aplicações. Os estudantes participantes no curso, que durou cerca de 18 meses, estão habilitados a desenvolver sistemas informáticos de qualquer natureza, desde a sua concepção e desenho até à criação de manuais para utilizadores, naquilo que constitui o "embrião" de um processo visando a criação de um instituto de formação profissional em informática para autonomizar aqueles cursos.

Outrora, o Instituto Comercial de Maputo deu um grande contributo na área de formação e preparação de técnicos de informática, mas o CPD constatou a falta de técnicos médios devidamente preparados para áreas funcionais de análise de sistemas e decidiu organizar e implementar um curso de cariz profissional, tendo iniciado a leccionar em Agosto de 1998. Na abertura do primeiro curso, em Agosto de 1998, estavam inscritos 42 estudantes dos quais se verificou uma taxa de desistência de 38%. Prevê-se que o segundo grupo seja graduado em finais deste ano. (Notícias, 12/09/00)
 


Alfândegas "responsáveis" por falência de mega-projecto

O projecto dos 62.500 hectares da "Maharishi Mozambique Global Administration", uma sociedade na qual o Governo entra com 40% das acções, fechou as suas portas, após a retenção pelas alfândegas do equipamento importado pelo grupo, devido a irregularidades detectadas. Em retaliação, o grupo reduziu drasticamente a mão de obra, laborando somente com 15 dos 450 trabalhadores de que anteriormente dispunha. Destinado à produção agro-industrial e construção de aldeias modernas para camponeses de cinco distritos da província de Cabo Delgado, o projecto propunha-se a construir 400 casas em cada agregado de 10 mil habitantes da zona abrangida, e explorar uma uma média bruta de 25 hectares por família.

Neste momento foram abertos 750 hectares que ainda não foram explorados devido ao facto de a primeira importação de equipamento, designadamente tractores, pás escavadoras, máquinas para furos de abastecimento de água, entre outros, não ter sido aceite pelas Alfândegas na cidade de Pemba. Estas alegam que uma boa parte do equipamento importado é de segunda mão e o projecto não obedeceu a uma série de procedimentos legais em vigor no país. (Notícias, 11/09/00)
 


Medicina Tradicional e Científica juntas em Laboratório

A Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) e o Ministério da Saúde vão montar, brevemente, um laboratório de pesquisas de plantas medicinais existentes no país. O laboratório visa estabelecer uma interacção profissional, entre a medicina tradicional e a moderna. A AMETRAMO fez uma fusão de algumas das suas actividades para se garantir que sejam divulgadas as fórmulas científicas das plantas tradicionais que os médicos tradicionais usam para curar doenças que a medicina moderna não cura.

Pretende-se ainda que se estabeleçam dosagens apropriadas a serem administradas, respeitando-se os padrões científicos. Para o efeito, a AMETRAMO afirma estar a trabalhar com a Faculdade de Medicina da UEM bem como algumas universidades da Itália e África do Sul. O porta-voz da AMETRAMO, Aurélio Morais, sublinhou que a sua associação pretende trabalhar com o Hospital Psiquiátrico de Infulene para ajudar a curar os doentes mentais porque "estão possessos de maus espíritos". (Savana, 15/09/00)

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