NoTMoC: Notícias de Moçambique
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Ano 02 - Edição 39 - 16 de Outubro de 2000
 


ECONOMIA E INDÚSTRIA


 
Novo Banco para pequenos empresários

Foi inaugurada, em Maputo, uma instituição financeira de micro crédito denominada Novo Banco, que oferece financiamentos aos micro e pequenos empresários que dirijam uma empresa ou realizem actividades por conta própria no sector formal e informal. Esta instituição, de acordo com os accionistas, atende os sectores de comércio, serviços e produção. Os empréstimos podem ser para capital de trabalho (compra de mercadorias) e para activos fixos (equipamento, maquinaria).

Mário Machungo, Presidente do Conselho de Administração do BIM e do BCM, lidera o Novo Banco, cujos accionistas são o BIM e o Estado moçambicano, representado pelo Fundo de Fomento de Habitação e, da parte internacional, pela Internationale Micro Investitionen AG da Alemanha, o Internacional Finance Corporation, o Nederlandse Financieringsmaatschappij Voor Ontwikkelingslanden NV e a Fundação DOEN ("fazer"), da Holanda. O capital social do Novo Banco é de um milhão e quinhentos mil USD. (Notícias, 10/10/00)
 


Assinado acordo para maior empreendimento de telecomunicações

As Telecomunicações de Moçambique (TDM) e a Alcatel rubricaram, em Maputo, um contrato para a primeira fase de estabelecimento da rede nacional de transmissão, através da instalação de um cabo submarino de fibra óptica. Trata-se do maior empreendimento de telecomunicações a ser implantado em Moçambique, cujo objectivo é estabelecer uma rede nacional, regional e internacional de telecomunicações no país. O contrato ora rubricado compreende um projecto avaliado em cerca de 32 milhões USD e incluirá cabos de transmissão submarino e terrestre, para além de um sistema de gestão da rede. (Notícias, 12/10/00)
 


Nampula: Expansão da rede comercial absorveu 2,6 mil milhões MT

O Fundo de Apoio à Reabilitação Económica (FARE) financiou, em Nampula, durante os primeiros seis meses do presente ano, 11 projectos de abertura de igual número de estabelecimentos comerciais nas zonas rurais daquela província, correspondente ao valor global de 2,6 mil milhões de meticais (MT). Para o fomento da pequena indústria nessas zonas, o FARE financiou no período em referência quatro projectos no valor de 278 milhões MT. O financiamento para a pequena indústria está fixado em 50 milhões MT, montante que aparentemente não cobre as despesas de aquisição, por exemplo de uma moageira, gerador eléctrico e construção de edifício para o seu funcionamento.(Notícias, 12/10/00)
 


Alfândegas desfalcadas em 600 milhões MT

A Direcção Nacional das Alfândegas (DNA) anunciou que o montante envolvido na fraude detectada no seu Departamento de Administração e Finanças (DAF) é de 600 milhões de meticais, cerca de 35 mil USD, e que os dois funcionários da instituição envolvidos neste caso, se encontram suspensos das suas funções e entregues à Polícia. Segundo a DNA, a fraude consistiu na falsificação de um cheque passado em nome do Banco de Moçambique, preparado com a finalidade de reembolsar o fundo de pequena caixa no DAF.

O referido cheque tinha um valor facial de cem milhões de meticais mas, depois de assinado, o algarismo o "1" foi alterado para "7", tendo a palavra "cem" sido alterada para "setecentos". O banco fez um pagamento de setecentos milhões de MT, dos quais apenas cem milhões foram reembolsados ao fundo de pequena caixa do DAF. O extracto bancário que apresentava o levantamento dos 700 milhões foi interceptado e, em seu lugar, foi preparado e entregue ao DAF um extracto falso que apresentava o montante de cem milhões MT. A fraude foi detectada pelos gestores durante uma operação rotineira de controlo das transacções financeiras." (Notícias, 14/10/00)


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Moçambique é vice-presidente da OIC

Moçambique, juntamente com o Líbano e a Palestina, foi eleito, vice-presidente da Organização da Conferência Islâmica (OIC) na reunião deste organismo havida no Irão. Para a presidência do OIC foi eleita a República do Irão. Desta organização Moçambique espera obter muitas vantagens, sobretudo no segmento do mercado emissor e oportunidades de divulgação e promoção do país como destino turístico, na educação e formação em várias áreas relacionadas com o turismo e hotelaria. A OIC foi criada para intercâmbio entre vários domínios de âmbito económico e político dos países membros e, na primeira reunião, foi também criada uma área para tratar questões especialmente relacionadas com o sector de turismo. (Notícias, 14/10/00)
 


Pequenos produtores têm rede regional

Organizações dos pequenos produtores agro-pecuários da SADC estiveram reunidos, em Maputo, para conceber uma rede regional de intercâmbio que tenha peso na solução dos problemas que na sua óptica são causados pela aderência dos Governos dos seus países em acordos e políticas internacionais que, marginalizam os seus interesses. Foi consenso entre os participantes que uma vez criada a referida estrutura regional, os pequenos produtores da SADC, passarão a dispor de um mecanismo de canalização das suas preocupações para os fóruns internacionais de tomada de decisões. Actualmente só os grandes produtores conseguem se fazer representar a esse nível, influenciando a tomada de decisões a seu favor. Moçambique esteve representado no encontro pela União Nacional dos Camponeses. (Notícias, 11/10/00)
 


Moçambique consta dos preferidos pelos EUA

Moçambique faz parte do grupo de 34 países da África sub-Sahariana elegíveis à lei de crescimento e Oportunidade Africana (AGOA), uma medida que tem como base um decreto assinado pelo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Bill Clinton, e que estabelece o programa de cooperação de preferências comerciais dos EUA para o continente africano. O AGOA, aprovado pelo Congresso norte americano nos princípios do presente ano, no âmbito da Lei de Comércio e Desenvolvimento 2000, oferece aos países abrangidos maior acesso e isenção de direitos aos mercados daquele país.

As nomeações para aquele grupo de países africanos foi baseada em critérios que "avaliam se um país estabeleceu ou está a fazer um progresso contínuo para uma economia baseada no mercado, estado de Direito, políticas económicas para a redução da pobreza, a protecção dos direitos laborais internacionalmente reconhecidos, combate à corrupção e a eliminação de barreiras ao comércio e investimento dos EUA." (Notícias, 11/10/00)
 


SADC e EUA reúnem-se em Windhoek

Uma Cimeira económica dos países da SADC teve lugar em Windhoek, capital da Namíbia, com o objectivo de avaliar o impacto da lei de livre comércio em Maio pelos Estados Unidos (EUA). A lei destina-se a favorecer o acesso do mercado norte americano aos produtos africanos. No entanto cinco estados membros da SADC foram já excluídos da Acta sobre o Crescimento e as Perspectivas em África (AGOA). Segundo a terminologia do Departamento de Estado dos EUA, o Lesotho e a Suazilândia foram excluídos pelas suas práticas injustas em matéria de emprego, enquanto o Zimbabwe continua a ser alvo de sanções por parte daquela potência mundial. Angola e a RDCongo foram excluídos devido a persistência de guerras civis nos respectivos territórios. (Notícias, 11/10/00)

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