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Ano 02 - Edição 21 - 05 de Junho de 2000
 

POLÍTICA


Caso BCM: Procurador-Geral Adjunto suspenso

Afonso Antunes, procurador-Geral Adjunto foi suspenso temporariamente do Conselho Técnico por ter falado ao jornal "Metical" sobre o Caso BCM. No "Metical" Antunes criticou fortemente o trabalho do Conselho Técnico daquela órgão no "Caso BCM" que sofreu um desfalque de 12 milhões USD, 6 meses antes da sua privatização, há dois anos.

Antunes tinha dito não saber qual era a protecção que alguns Procuradores-adjuntos aparentemente usufruem, até chegar ao ponto que lhes permitir fazer desaparecer documentação já nas mãos de Procuradoria e muitas outras irregularidades.

Antunes criticou também o próprio Procurador-Geral, António Namburete, por não intervir para resolver o caso de BCM. Entretanto, na semana passada a dependência do BCM, em Nampula, sofreu um desfalque de "pelo menos" 130 000 USD (Domingo 28/05/00)


FRELIMO nega, Renamo reafirma negociações

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, reafirmou a existência de conversações entre o seu partido e a Frelimo, na sequência do desfecho das polémicas eleições de 1999. Dhlakama reagia ao pronunciamento do Chefe de Estado, segundo o qual o governo não está a encetar quaisquer negociações com o partido da "perdiz".

Dhlakama disse que as referidas negociações são encabeçadas pelo antigo chefe da sua bancada no Parlamento, Raul Domingos, e pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Tomaz Salomão. Ajuntou que as mesmas decorrem desde a altura em que ele deu o prazo de 10 dias para a Frelimo rever os resultados do escrutínio.

Assim diz terem sido discutidos três pontos, designadamente a recontagem dos votos, a realização de novas eleições no próximo ano e a nomeação de governadores da Renamo nas seis províncias onde o partido obteve a maioria de votos. Estes pontos foram até agora rejeitados pelo partido no poder. (Notícias 03/06/00)


Seis membros da RENAMO presos em Zambézia

A polícia prendeu seis membros da RENAMO alegadamente por estarem a perturbar a Lei e Ordem. A Renamo acusa, por sua vez, a Polícia de intimidação política. A Polícia em Morrumbala, alega que membros da Renamo obstruíram a liberdade de movimentação dos cidadãos ao impedir os residentes de atravessar um rio. O administrador de Morrumbala disse que a Renamo, numa reunião público tinha ameaçado assassinar o secretário do partido Frelimo em Pinda.

Aos deputados da Renamo, entre eles advogados, que queriam visitar as pessoas nas celas foram negado o acesso. Nas últimas semanas estão a aumentar as notícias de acções de desobediência civil por parte de membros da Renamo. Também há fricções entre membros da Frelimo e da Renamo, especialmente nas províncias de Nampula e Zambézia. (Notícias 25/05/00)


Moçambique precisará anualmente de 600 milhões de USD

Moçambique vai participar na próxima reunião do Grupo Consultivo de Paris, a decorrer nos dias 8 e 9 de Junho do corrente ano. Nesse encontro o país vai pedir mais financiamentos. Segundo a Ministra Luísa Diogo o país irá precisar nos próximos tempos (médio prazo) de um apoio médio de 600 milhões de USD/ano.

Esse dinheiro deverá vir da ajuda externa. O alívio da dívida externa deve dar espaço ao país para pagar cerca de 20 a 25 milhões/ano. No encontro será ainda apresentada a agenda do país e tentar-se-á "fazer com que os parceiros reafirmem o seu cometimento de apoio a Moçambique." (Notícias 03/06/00)


Frelimo faz balanço do seu desempenho nas eleições

O gabinete central de eleições do partido Frelimo esteve reunido para avaliar a sua participação nas últimas Eleições Gerais. O partido congratulou-se pela sua organização e participação no escrutínio, no qual segundo afirma não precisou de qualquer assessoria tal como aconteceu em 1994. Ainda neste encontro foram traçadas algumas orientações para o futuro. (Notícias 02/06/00)


Partido Trabalhista acompanha processo de reassentamento

O Presidente do Partido Trabalhista, Miguel Mabote, deslocou-se à cidade de Xai-Xai para acompanhar o processo de reassentamento da população vítima das cheias. Mabote considerou que existe uma grande disparidade na distribuição de talhões e alimentos aos afectados, pelas entidades envolvidas.

Mabote disse que muitas das vítimas ainda se encontram alojadas em casa de familiares e amigos e que não estão a receber qualquer tipo de apoio. Aquele líder condena a alegada discriminação. Apelou às entidades que definam estratégias para que todos beneficiem. (Notícias 29/05/00)

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