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Ano 03 - Edição 2 - 22 de Janeiro de 2001
 


INTERNACIONAL


 
África do Sul - ANC aprova projecto luta contra o racismo

O ANC, partido no poder na África do Sul, aprovou um projecto de luta contra o racismo, de apoio à igualdade entre os sexos e de intensificação dos esforços para o desenvolvimento do país. As resoluções tomadas pela direcção do partido vão a debate em todos os órgãos do mesmo e são encaradas como o principal programa para 2001. O ANC pretende esclarecer o próprio partido e a sociedade àcerca destes princípios básicos de convivência entre os homens. (Notícias, 19/01/01)
 


África do Sul - Polícia destrói armas

A Polícia da África do Sul destruiu uma grande quantidade de armas avaliadas em 3,3 milhões USD no âmbito duma operação destinada a reduzir a proliferação de armas de fogo ilegais no país. As armas pesavam cerca de 102 toneladas e faziam parte de um lote apreendido ou em desuso. As cerca de 29 mil armas de fogo destruídas incluíram pistolas, espingardas e armas de fabrico caseiro. Em Agosto de 2000, a Polícia sul-africana levou a cabo uma operação semelhante durante a qual destruiu 50 toneladas de armas de fogo. (Notícias, 19/01/01)
 


RDCongo - Morreu Presidente Kabila

O Presidente da RDCongo, Laurent-Desiré Kabila, foi morto a tiro por um dos seus guarda-costas, imediatamente abatido pelos seus colegas quando tentava fugir. O Ministro zimbabweano da Defesa, Moven Mahachi, disse que Kabila morreu a bordo do avião que o transportava para Harare após ter sido alvejado em Kinshasa com cinco tiros de pistola. Não foram reveladas ainda as causas do atentado, mas fontes da rebelião congolesa consideram que houve uma tentativa de golpe de Estado contra Kabila, perpetrada por oficiais que lhe eram próximos, apontando Eddy Kapend e o Chefe do Estado Maior, Sylvestre Lwecha, como os líderes da intentona.

No entanto Kabila terá tido uma discussão rija quando pretendia afastar e prender o seu vice-Ministro da Defesa, Coronel Kayembe e outros oficiais. Após o anúncio oficial da morte de Kabila, uma delegação do país, que integra sua mulher, deslocou-se a Harare para transladar os restos mortais do homem que depôs Mobuto Sese Seko. Desde a sua independência em 1960, a RDCongo nunca conheceu uma paz efectiva. O país foi palco de secessões, confrontos étnicos e políticos, motins e rebeliões, o último dos quais desencadeado em 1998. (Notícias, 20/01/01)
 


RDCongo - Filho de Kabila chefia o Estado

O Major General Joseph Kabila, de 30 anos de idade, filho do falecido Presidente congolês, Laurent Kabila, foi temporariamente indicado para chefiar o Governo da RDCongo, na sequência da morte do pai. Joseph Kabila é comandante das Forças Armadas e era braço direito do seu pai, desde 1999, altura em que lhe foi atribuído o comando-geral da Infantaria, a principal força congolesa.

Homem discreto, Joseph Kabila recebeu formação militar na China, depois da tomada do poder pelo pai em Maio de 1997, no ex-Zaire. Joseph encontrava-se na China em Agosto de 1998, quando começou o conflito que opõe as Forças Armadas Congolesas, apoiadas por Angola, Zimbabwe e Namíbia, e as facções rebeldes sob alçada do Uganda e Ruanda. Joseph conquistou uma nova etapa na sua ascensão ao ficar encarregue do comando militar, que supervisiona todas as forças de segurança e que vai acumular a presidência interina. (Notícias, 19/01/01)
 


Zimbabwe - Reforma agrária: MDC faz um "volt-face"

O Principal partido da oposição no Zimbabwe, MDC, exprimiu o seu apoio a uma nova reforma agrária que consiste na redistribuição de terras para agricultura comercial, embora duvide da capacidade do partido no poder , ZANU-FP, para a implementação do projecto. No passado, este partido criticou fortemente a reforma agrária do Governo de Mugabe, baseada na expropriação de fazendas agrícolas de brancos para distribuir aos negros "sem terra". O Governo já começou a distribuir formulários a pessoas interessadas em obter terras para agricultura comercial e que disponham de meios financeiros que lhes permitam investir nesses projectos sem dependerem da ajuda do Estado.

A superfície a distribuir por cada pessoa poderá variar entre 15 a 2000 hectares. O Ministro da Agricultura disse que a medida visa "desracializar" a agricultura comercial. Estimativas indicam que os 4500 fazendeiros brancos do país possuem 70% das terras aráveis. Mugabe anunciou em Dezembro que cerca de 50 mil famílias de agricultores negros obtiveram 22,5 milhões hectares, no quadro da reforma agrária lançada em Julho do ano passado. (Notícias, 20/01/01)

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