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Ano 03 - Edição 4 - 5 de Fevereiro de 2001
 

INTERNACIONAL


 
Angola - Há condições para eleições em 2002

O Secretário-Geral do MPLA, João Lourenço, disse na cidade de Praia, Cabo Verde, que Angola vive actualmente uma situação política favorável à realização de eleições gerais "em princípio" no próximo ano. João Lourenço esteve naquela cidade para assistir à tomada de posse do novo Governo de Cabo Verde, chefiado por José Maria Neves do PAICV. Relativamente à situação militar, Lourenço reafirmou que o objectivo é "pacificar o país em definitivo". (Notícias, 03/02/01)


Angola - UNITA vai impugnar sanções da ONU

A UNITA anunciou que "se está a organizar juridicamente para impugnar as sanções" das ONU em vigor desde 1993, com base nas alegações do chamado escândalo "Angola-gate" sobre os tráfico de armas para Angola. Para sustentar a sua intenção, a UNITA cita uma queixa judicial apresentada a 31 de Janeiro passado, em Paris, pelo Governo francês, sobre o caso de tráfico de armas em princípios da década de 90 envolvendo a petrolífera Elf e o Governo de Angola.

Segundo a UNITA, os intermediários na compra de armas de um valor de cerca de 500 milhões USD, sabiam que estavam a violar a cláusula do "Triplo Zero", que proíbe que os parceiros angolanos no processo de paz iniciado em 1991, o Governo e a UNITA se rearmem. A UNITA diz que esta violação levou ao seu rearmamento em 1996 para a autodefesa". Uma série de sanções foi aplicada pela ONU à UNITA desde 1993, incluindo embargo de armas e combustíveis e proibição de viagens ou intervenções públicas pelos seus representantes no exterior, por violação dos acordos supervisionados pela ONU. (Notícias, 03/02/01)


RDCongo - Joseph Kabila quer renegociar a paz

O novo Presidente da RDCongo, Joseph Kabila, encontrou-se em Washington, pela primeira vez, com o seu homólogo ruandês, Paul Kagamé; sem mediadores. Os dois dirigentes debateram os esforços para a paz. Kabila, que no mesmo dia esteve reunido com o Secretário de Estado, Colin Powell, afirmou que não estava previsto encontrar-se com Kagamé, mas salientou que o fez "a bem da paz".

Kabila manifestou-se favorável a uma aplicação rápida dos acordos de Lusaka, assinados em 1999, adiantando que há "várias vias" para a paz incluindo "a renegociação" e insistiu na necessidade da retirada das tropas estrangeiras do seu país. Os acordos de Lusaka previam um cessar-fogo, para pôr fim ao conflito da RDCongo que opõe as forças governamentais, apoiadas por Angola, Namíbia e Zimbabwe à rebelião apoiada pelo Uganda e Ruanda. (Notícias, 03/02/01)


Zimbabwe - Governo desencoraja manifestações

O Ministro do Interior do Zimbabwe, John Nkomo, advertiu novamente que o Governo não tolerará qualquer manifestação nacional visando pressionar o Presidente Mugabe a abandonar o poder. Segundo o ministro, o MDC preparou a greve de três dias, observada pelos funcionários públicos, para promover os seus objectivos políticos. Entretanto, o deputado David Coltart, responsável pelos assuntos jurídicos do MDC, desmentiu as alegações de Nkomo e especificou que o MDC não tinha qualquer projecto de imediato para promover manifestações nacionais. No ano passado o MDC lançou apelos para "acções de massas" exigindo a realização de eleições presidenciais antecipadas. O protesto não teve eco e as eleições presidenciais só terão lugar no próximo ano. (Notícias, 29/01/01)

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